Nem se estivesse na Ásia
Passaria minha azia
Passa e ria de alegria
Eu passo e rio de agonia
Rio que corta de tanta hipocrisia.
Provoca tanta dor
Evoca tanto amor
Pra si
Me invoca.
Fingidor de olhos tapados
Barriga satisfeita
Já está feito
E feio.
Ludibria o próprio olhar
Mas não engana
Acha que é cego
Não passa de um C antes do ego.
Abuso irracional
Uso circunstancial
De gentes
Sementes sem frutos
Sem futuros
Estragados
Estampados
Estampidos
Não ouço mais ruídos
Agora já são uivos
Açoitados.
O cheiro do pó
Como uma fumaça do incêndio
Invade
Plana no ar
Com um plano de cessar
O mundo.