Revisitando lugares meus
Preenchidos de história
E vazios de tempo
Entre tantos espaços
Entretanto pequenos
Entrando e lembrando
O que se quer dizer
E diz-se o silêncio
Do vácuo intrépido
Esvaindo-se de dentro
Dentro de nada
Os lençóis formando ondas
Na verdade tiram onda
De mim
Da dor que pesa em cima
Que apenas rela
Mas queima
Sentada ao semblante
Que não dá cara à noite
Mas lhe torna cara
De vida
Que vá
Sem sentir-se preso
E conhecendo os mundos
Que lhe apresentam
E te chamam às tentações
De tantas ações
E vacilações
Vá lá se saber
O que lhe espera amanhã.