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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Minha vida se candeia, foge da cadeia, e cadê-la?

Quero ser fragmentada, viver como compartimentos, que se repartem em partes, não limitadoras, mas flutuantes. Que consegue ir e vir, ser um e outro, sem ser ninguém que se saiba o que é...
Quero minha intensidade exalando como uma balança desorientada, como um pêndulo de extremidades. Sentimento a flor da pele que quer apenas, sentir e, sentindo, perder a razão...
Quero divagar com minha mente, pelo meu corpo, sem nunca conhecer minha alma, que me fazendo viva nunca desvelará a mim quem sou, mas não vai me deixar de saber que estou aqui...
Quero ir do amor ao ódio, da calma à aflição, da compleição ao vazio, do desejo à dor, do medo à coragem, da ternura à raiva, da frigidez à volúpia, da loucura à lucidez, da sanidade ao ópio...
Quero ser o que nunca poderei alcançar, me fazendo nunca parar...

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