As formas literárias já não têm importância
Confundem-se na vontade de escrever
Nas nuances de um desejo que se priva
Em não saber por onde poder seguir
Caminho que é escolha
Poder de decisão
Poder que é concessão da existência
Poder ser? Poder de ser? Ser e poder?
Ter poder sobre si é poder escolher o que se é
Então a concessão é de si próprio
Não cede-se a liberdade, mas trazes sede
E é essa que alimenta a mente inócua de pensamentos
Que transfigura o anseio da mudança
Gatilhando os revolveres da massa
E o que é a massa?
Se não um sim em coro
Do ser dignificante em si mesmo
Esperança, já sonhada pelos que lutavam,
Seca as lágrimas do sentimentalismo vazio
E põe no fronte a pele exposta da coragem
Essa sim que cede o ser e seu poder
E por isso escreve-se
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